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sábado, 8 de janeiro de 2011

Síndrome de Down e a Inclusão

Falar de “Educação Inclusiva”, até um passado próximo, não era tarefa fácil. Atualmente o cenário das escolas ( municipal, estadual e/ou privada de ensino) é outro, aos poucos a formação continuada dos professores e o apoio dos envolvidos, está dando espaço a um novo contexto de educação. Assim se solidifica a Educação Inclusiva, uma iniciativa do Ministério da Educação e Cultura (MEC), com os Estados e Municípios. Parcerias entre pais, escolas e comunidade, são fundamentais para que a “Educação Inclusiva” aconteça na prática, porque são muitos os fatores que cooperam entre si. Em síntese, é preciso considerar o sujeito na sua totalidade, ou seja, na forma de ser, ver, sentir e agir. Nesse contexto, encontram-se inseridos à escola comum, os educandos portadores da Síndrome de Down, que convivem e se adaptam, relacionando-se com uma sociedade que não é padronizada, mas sim, diversa. Normalmente, realizam atividades propostas com gosto, capacidade e dedicação junto dos demais, dando ênfase ao trabalho, esporte, cultura, lazer, música, pintura entre outras áreas, incluindo a socialização e aquisições de autonomias pessoais. Pessoas portadoras dessa Síndrome, podem apresentar retardo mental, que variam em grau de leve a moderado, acompanhado de alguns problemas clínicos associados ( expressão corporal, lateralidade, obesidade, oralidade, coordenação motora e outros). O problema mais grave, enfrentado pelos portadores da Síndrome de Down, ainda é a inclusão social, seguida de falsos tabus sobre a Síndrome, que prejudicam sua inserção no mercado de trabalho. Dia 21 de março, foi definido no calendário, como o “Dia Internacional da Síndrome de Down”, uma alusão do “Down Syndrome International”. Marco criado em 2006, e celebrado até hoje, como o objetivo de valorizar os portadores da Síndrome, caracterizada pela “Trissomia do cromossomo 21” (ou 3-21), responsável pela alteração genética do feto. Segundo dados do IBGE/2000, o Brasil possui 300 mil pessoas com Síndrome de Down. Essa é uma ocorrência genética natural, que no país acontece uma vez a cada 700 nascimentos e está presente em todas as raças. Ainda não se conhece o motivo que faz com que, durante a gestação, o embrião desenvolva 47 cromossomos, ao invés de 46. Existem três tipos de Síndrome de Down: A Trissomia livre: ( cuja incidência, acontece até 92% dos casos, onde tem a presença de um cromossomo 21 extra, ou a mais, em cada uma das suas células); O Mosaicismo: ( acontece de 2 a 4%dos casos. O cromossomo 21 extra, não está presente em todas as células do indivíduo) e a Translocação: ( cerca de 3 a 4% dos casos. O material genético, pode estar associado a herança genética, o que é muito raro. Onde todas as células têm 46 cromossomos, mas parte do material de um cromossomo 21, adere ou transloca para algum outro cromossomo).

(Odilene Ozelame. Mestre em Educação/ UFPR.Chapecó/Abr. 2010)

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